segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PRA PENSAR.

"Não esqueça que, às vezes, faz nos falta ter ao lado caras sorridentes" (Sulco)
"Evita com delicadeza tudo o que fossa ferir o coraçao dos outros."

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MENSAGEM DO DIA

"Não repreendas quando sentes a indgnação pela falta cometida - Espera pelo dia seguinte, ou mais tempo ainda. E depois, tranquilo e com intenção purificadam, não deixes de repreender.
Conseguirás mais com uma palavra afetuosa do que com três horas de briga. Modera o teu gênio" (Caminhos)
"Da discussão não costuma sair a luz, porque é apagada pela paixão." (Caminho)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

VIRTUDES DA CONVIVÊNCIA HUMANA

Recentemente, uma revista de circulação semanal e de grande repercussão na capital paulista teve como destaque uma matéria sobre advogados que são bem sucedidos na área de direito de família.

Nessa matéria uma frase chamou atenção de todos: “(...) o casamento é uma instituição fadada ao fracasso”.

O casamento nada mais é que um ajuste legal entre duas pessoas que querem constituir família sob a chancela do Estado e da Igreja.

Se a família é o pilar da sociedade, com certeza, o casamento é o cimento que a solidifica por meio da emoção.

Sob essa ótica, pensar o casamento como uma instituição fadada ao fracasso, significa dizer que o malogro da sociedade está no casamento, ou no insucesso dos sentimentos.

Trata-se de um paradoxo culpar o casamento pelas fragilidades humanas, afinal, cada vez mais, cresce o número de famílias decorrentes da união estável (que é outra forma, menos rígida, de instituição familiar).

Fosse assim, qual a razão de existir o divórcio, já que ele é uma autorização legal para que uma pessoa separada possa casar-se novamente?

Na verdade, as pessoas tratam do casamento sob égide financeira, ou seja, como um grande negócio.

Faz-se o seguinte pensamento: desde o noivado, passando pelo “sim” dos nubentes (na presença do Padre ou do juiz de paz, ou de ambos), até uma separação; verifica-se que a instituição do casamento é um grande filão e pode movimentar milhões em favor da “sociedade” econômica.

Neste caso, corporativamente falando, não se pode dizer que o casamento está fadado ao fracasso, principalmente um(a) advogado(a) que atua nessa área, pois lhe rende altos honorários (como se viu naquela reportagem).

De outro lado, como emoção, o casamento está sim fadado ao fracasso, pois é pensado como um negócio, que, aliás, nos últimos tempos a sociedade só “pensa naquilo”... DINHEIRO.

Com efeito, o casamento deixa de ser uma relação ética, como pensava Pontes de Miranda, e passa ser uma relação espúria. Ai sim temos que concordar com a frase citada naquela reportagem.

Os casais que procuram um escritório de advocacia, em regra, querem se separar não por falta de amor ou outras questões pessoais, a grande maioria rompe o casamento por questões financeiras.

A emoção dá lugar às coisas materiais, e é nesse ponto onde a intervenção do advogado é de suma importância.

Os direitos estão resguardados, afinal, o matrimonio está sob a chancela do Estado. A magnitude do direito de família não está no litígio, mas fazer com que o casal, num momento de crise, reative os VALORES que o fez contrair núpcias.

Não que o casamento seja uma união indissolúvel (deveria ser), mas na medida em que não se pode evitar o rompimento, que seus efeitos sejam tênues, onde os direitos e deveres de cada um, sejam VALORIZADOS como uma conquista da vida em comum construída, nunca como um “business”.

A vida emocional em comum pode ter chegado ao fim, mas aquela relação vai ser eterna, ainda mais quando há prole.

Pense! Ninguém ira ganhar com o fim da relação. No plano econômico pode até ser que uma parte tenha certa vantagem em relação à outra, o mais importante é saber que bens materiais vão e voltam, sentimentos ficam.

A Justiça no âmbito do direito de família não é pura e simplesmente distribuir de forma isômica aquilo que cada um conquistou, vai além disso. Na relação familiar o vocábulo JUSTIÇA SIGNIFICA A VIRTUDE DA CONVIVÊNCIA HUMANA.

Ainda que a vida em comum não seja possível, outra relação poderá surgir mediante novos valores e emoções, como por exemplo, AMIZADE e responsabilidade. E por que não, o respeito que faltou naquele convívio?

Sopesando os valores antigos com outros que surgirão, as perdas econômicas são mitigadas em razão da JUSTIÇA. Nesse ponto, surge o advogado consciente.

Enfim, sentimentos primitivos têm nos afastados dos costumes que sempre foram cultuados ao longo do tempo.

As manifestações contrárias a frase da matéria supracitada, certifica que só “pensar naquilo” nunca poderá ser interpretado para fins econômicos, e sim, nos sentimentos que levam alguém procurar outra pessoa para constituir uma família. Para que esses valores sejam mantidos é preciso superar adversidades.

Na advocacia familiar a Justiça deve ser vista como meio de superar as adversidades materiais para encontrar novamente a verdadeira emoção.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ETERNO DRINK!

A "história" que vou contar é de um casal que se conheceu numa reunião qualquer que se estendeu num drink na Urca.

Ao sair da Urca aquele casal caminha de forma despretensiosa, embriagados um pelo outro (mesmo a garota ter tomado suco de frutas) em direção do metrô. Quem os via percebia que nada existia em volta deles, um romantismo de outrora que se confrontava com o hedonismo de hoje.

Para ficar junto, aquele casal, sem perceber, mas em seu âmago, fez um pacto sedimentado com uma fita de titânio.

Para ficar juntos cada um teve que enfrentar seu fantasmas. A paixão tresloucada não media as conseqüências, pois nada era mais importante para eles, a não ser estarem juntos.

Mas o tempo muda tudo o que você sonhou e escorre pelas mãos – como já disse certo cantor -, por isso, aquele casal vivia junto o que havia de viver.

O encanto dissipava-se com a convivência. Os problemas e as diferenças, ainda que paradoxalmente eles fossem iguais, começaram a surgir sem que eles percebessem, pois a vontade de estar e ficar junto superava tudo.

Inesperadamente o tempo mudou tudo que eles sonhavam, ou ainda sonham. Cada um foi para um lado e a realidade da vida chegou como uma avalanche, destruindo tudo.

Tempos de sofrimento, angustia e solidão. Tempo de choro também, afinal, aquela rocha que parecia ser sólida, num primeiro momento se dissolveu como areia.

Quem estava ao redor sabia que um dia aquele sonho iria acabar. Pensavam eles, agora sim o casal acordou para realidade. Ledo engano.

Mesmo a distância aquele casal permanecia junto (the dreams didn´t over), pois aquele laço permaneceu imune a tudo aquilo, pois fora selado no coração de cada um com uma extensa e flexível fita de titânio, que suporta tudo e revive sonhos.

Vez ou outra, por aquela fita, um consegue ouvir o que o outro clama, mas por sentimentos primitivos ignoram o elo que há entre eles.

Quem está ao redor, seja de um ou do outro, percebe que há uma força que rompe fronteiras. Eita titânio bom!

Os mais velhos, os saudosistas, se encantam com o desfecho dessa "estória" que eles estão presenciando. Pensam eles: o mundo muda e se desenvolve, os sonhos ressurgem e perduram.

Os mais céticos dizem que tudo não passa de um drama shakespeariano.

Ambos estão corretos, pois eles perceberam que o laço que une aquele casal e rompe as barreiras físicas não é um sonho, tampouco esta na solidez do titânio, mas é conhecido por um nome.....

.... Amor, e, não importa como aquele casal irá terminar, se juntos ou separados; felizes ou infelizes. Certo que: o amor que eles construíram sempre irá durar, infelizmente porém, só AMOR não sustenta uma relação, é preciso algo mais.

Um dia alguém irá provar o contrário, espero que seja esse CASAL, que popularmente é chamado de ESPERANÇA.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

INDIGNAÇÃO E SENSO CRÍTICO, OBSTÁCULOS PARA TRAPAÇA, CAMINHO PARA HABILIDADE.

O jurista mineiro Humberto Theodoro Júnior certa vez, quando escreveu sobre boa-fé processual, fez o seguinte comentário:

“O processo judicial, enfim, tem muito de jogo e competição. Nessa disputa é claro que a HABILIDADE é permitida, mas NÃO a TRAPAÇA...”

Pois bem, a passagem acima, especificamente a última frase merece um pouco de atenção e vem a ser, talvez um caminho para mudar o que tem que ser mudado.

Nos últimos meses temos sido bombardeados com escândalos em diversos setores: jogo político, doping no esporte, briga entre emissoras de TV, e por ai vai.

No campo político, esse tem ganhado disparadamente no assunto escândalo, mas aposto que o que mais tem nos escandalizado é a parcimônia com que a população brasileira tem agido.

A propósito, quem da geração cara pintada, ou ainda, a geração que combateu a ditadura iria imaginar que um dia no jogo político estivessem do mesmo lado e tão unidos Lula, Collor, Sarney e por ai vai? Que antigamente eram lideres antagônicos e que hodiernamente estão no mesmo time?

Nesse caso, poder-se-ia dizer que houve HABILIDADE de todos eles para se unirem com o único propósito sólido em torno do desenvolvimento econômico/social do país, mas pelo andar da carruagem é mais fácil concluir que........ bom, deixa pra lá.

A culpa dessa “união insólita” é da parcimônia do sofrido POVO BRASILEIRO, que aliás não é tão sofrido assim, porque em tempos de crise mundial, o BRASIL foi o primeiro a sair dela e, pasmem, emprestar dinheiro pro FMI, isso sim é HABILIDADE do bem.

Voltando, cadê a UNE? Ih esqueci, esse grupo também se juntou ao sistema, onde HABILIDADE perdeu espaço para outros interesses. Afinal, a luta pela meia entrada é bem mais importante do que o SENSO CRÍTICO.

Num outro passado não muito distante, entidades de classe como a OAB, o Ministério Público e Associação dos Magistrados do Brasil eram mais atuantes do que vem sendo.

Hoje, a população revolta, visionária, como diria Cazuza, assiste a tudo em cima do moro.

Poderia até assistir em cima do moro, que caiu, mas desde que houvesse um senso crítico ou uma indignação.

Por falar em assistir, duas das maiores redes de televisão abertas do país travam uma batalha homérica no que se refere a denunciar as mazelas uma da outra. Isso me faz lembra uma certa passagem de um tal de Mateus ( 7: 5) que sabiamente disse: “(...)Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.”

Vamos falar das HABILIDADES do esporte. Até bem pouco tempo atrás, o Atletismo brasileiro, um dos primos pobre do esporte tupiniquim (diga-se de passagem) nos enchia de orgulho com os feitos heróicos nas competições internacionais, há duas semanas atrás, antes de um grande evento mundial, descobriu-se que o mais nobre dos esportes olímpicos do país aderiu a TRAPAÇA, o motivo, um simples remédio que ajudava na recuperação dos atletas; mas que na verdade era DOPING, ou seja, um meio de se ganhar vantagem custe o que custar, opa isso é um programa de tevê, espero que eles não me cobrem royallites por uso da marca.

Para os mais otimistas, antes tarde do que nunca, e justiça seja feita, afinal, os atletas que estão “limpos” irão honrar como sempre nosso país.

Enfim, fazendo trocadilho a uma frase de John Kennedy, não descobri a maneira brilhante de se modificar um sistema corrompido pela TRAPAÇA, mas sei o caminho do fracasso: suprimir o senso crítico e assistir tudo sem ficar indignado.

A visão critica das coisas é o gatilho de uma reação, Gandhi ( já que a Índia é a coqueluche do momento) fez uma revolução estimulando o senso crítico somente com indagações. Façamos o mesmo, vamos criticar, interpelar, manifestar nossa indignação para que a HABILIDADE prevaleça. Que diga Cesar Ciello, Fernando Gabeira, Tim Lopes e tantos outros.

VAMOS MUDAR O NOME DO CONSELHO DE ETICA DO CONGRESSO NACIONAL.

O Congresso Nacional Brasileiro, salvo raríssimas exceções, tem demonstrado que não dá a mínima para opinião pública.

Nos últimos anos vários foram os escândalos que envolveram diversos “figurões” do cenário político nacional, que tiveram contra eles graves denúncias de improbidade administrativas, que na sua grande maioria, para não dizer todas, foram arquivados injustificadamente. Ou seja, tudo acabou em PIZZA.

O presidente do Senado José Sarney é membro da Academia Brasileira de Letras (pelo conjunto da sua obra, e que obra diga-se de passagem.), portanto presume-se que ele é um árduo defensor de nossa gramática e conhece profundamente a etimologia da palavra ÉTICA.

Sendo assim, para preservar a MORAL, o VALOR da Palavra Ética sugiro ao presidente do Senado - como imortal que é -, que ele elabore e encaminhe ao Congresso Nacional um projeto de lei que modifique o nome do Conselho de Ética para outra denominação, por razões óbvias.

Ainda que Vossa Excelência não saiba o significado ontológico da palavra ÉTICA e sua verdadeira importância no exercício ilibado da atividade pública, seria coerente e nobre da sua parte incentivar que se retire a referida palavra da nomenclatura do referido Conselho, afinal, suas deliberações contradizem totalmente a importância daquela palavra.

Aliás, quando o senhor for tomar o chá da tarde junto com os outros imortais, questione-os se eles concordam que a ÉTICA esteja atrelada a conchavos espúrios, atos públicos secretos (que paradoxo NÉ?), etc. Seria tudo isso um jogo de palavras ou uma brincadeira de puro mau gosto?

Por favor, não venha “Vossa Excelência” alegar que estás amparado pela licença poética.

A propósito, o que é ÉTICA mesmo?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AMOR AO TRABALHO

Prezados leitores,

gostaria de iniciar esse blog com uma reflexão extraída da novena de São Josémaria Escrivá:

"A dignidade do trabalho se baseia no Amor. O grande privilégio do homém é poder amar, transcendendo assim o efêmero e o transitório (É Cristo que passa, n. 48).
Fazei tudo por Amor - Assim não há coisas pequenas: tudo é grande - A perseverança nas pequenas coisas, por Amor, é heroismo (Caminho, n. 813)
Na simplicidade do teu trabalho habitual, nos detalhes monótonos de cada dia, tens que descobrir o segredo - para tantos escondido - da grandeza e da novidade: o Amor (Sulco, n. 489)"

Assim, quando fores iniciar qualquer atividade laborativa, faça sempre com Amor, garanto, no final da tarefa você saíra satisfeito consigo mesmo!